Ciclone no Brasil: prejuízos na lavoura e como o produtor rural pode evitar inadimplência no financiamento

Ciclone, prejuízo na safra, financiamento rural e dificuldade para pagar o banco.

O ciclone chegou sem aviso. Veio com vento forte, chuva intensa e frio fora de época. Em pouco tempo, lavouras foram derrubadas, plantios se perderam, pastagens ficaram encharcadas e estruturas foram danificadas. O prejuízo apareceu no campo quase de imediato. Mas, no banco, a cobrança continuou normal, como se nada tivesse acontecido.

É nesse cenário que surge o medo real do produtor rural: como pagar o financiamento se a produção foi afetada ou simplesmente não vai existir? A conta vence, os custos aumentam e a sensação é de estar sendo empurrado para a inadimplência por um fator totalmente fora do controle.

Prejuízo climático no campo quebra o planejamento financeiro do produtor

Quando um ciclone atinge a atividade rural, ele não destrói apenas a lavoura ou o pasto. Ele quebra todo o planejamento financeiro da propriedade.

Na agricultura, os danos são diretos: plantio recente perdido pelo excesso de chuva, plantas derrubadas pelo vento, erosão do solo e atraso na janela de produção. Tudo aquilo que já foi investido em semente, adubo, defensivo, combustível e mão de obra deixa de retornar.

Na pecuária, o impacto também é pesado. O pasto some, surge a necessidade de comprar ração fora do planejado, estruturas são danificadas e a produção cai. Em alguns casos, há perda de animais. O custo sobe exatamente quando a receita diminui.

O resultado é sempre o mesmo: menos produção, mais despesas e o financiamento rural vencendo no mesmo prazo.

Alongamento de crédito rural: a saída para evitar inadimplência

O que muitos produtores não sabem é que existe uma solução prevista justamente para situações como essa: o alongamento de crédito rural.

Em termos simples, o alongamento permite ajustar o prazo de pagamento do financiamento quando há prejuízo comprovado por fatores climáticos, como ciclone, chuva excessiva ou ventos fortes. Isso pode significar mais tempo para pagar, parcelas redistribuídas e a possibilidade de atravessar o momento difícil sem virar inadimplente.

O crédito rural foi criado sabendo que o campo corre risco climático. Por isso, quando a produção é afetada por eventos extremos, o produtor pode buscar essa alternativa para manter a atividade funcionando.

Mas é importante entender: isso não acontece automaticamente e não é favor do banco.

O maior erro do produtor rural é esperar a parcela vencer

Um erro comum é esperar o atraso acontecer para procurar solução. Quando a parcela vence sem pagamento, a negociação fica mais difícil, o banco endurece e o risco de execução aumenta.

O caminho correto é agir antes do vencimento. Isso envolve comprovar o prejuízo causado pelo ciclone, demonstrar a perda de capacidade produtiva e estruturar corretamente o pedido de alongamento do crédito rural.

Quem age no tempo certo protege o nome, evita problemas maiores com o banco e preserva a propriedade rural.

Se o ciclone afetou sua lavoura ou sua pecuária e você tem financiamento rural em andamento, não espere a inadimplência da próxima parcela. Faça uma análise do seu caso com seu advogado de confiança ou se preferir, me mande uma mensagem com as suas dúvidas.

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